quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Novas tecnologias agrícolas no Distrito de Fátima levam rumo ao futuro

        Fátima que fica dentro do município de Flores no interior do sertão pernambucano, deste sua história recente que se iniciou em 1947 fundada por visionários como Primo de Sousa Guerra e outros com a ajuda de Padre Maciel já vislumbrava o grande potencial agrícola destas terras, da qual já se produzia na época algodão, feijão, milho, mandioca (variedades mansa e brava) e castanha de caju. Infelizmente culturas como o algodão desapareceram completamente do senário de Fátima e da região e a mandioca que já teve um grande auge hoje ver quase que sumir do solo fatimense e das comunidades circo vizinhas. Fátima também teve no passado uma das maiores fábricas de polpa de goiaba da região com uma estrutura extraordinária que gerava empregos diretos e indiretos, seja  na linha de produção ou no cultivo da goiaba que já teve uma bela área cultivada na região e hoje praticamente não se ver mais na zona rural do distrito. 
         Vendo todo esse potencial sendo desperdiçado e culturas agrícolas consagradas desaparecendo do cultivo na região, a Fundação Ambiental Pedro Daniel (FAPED) em conjunto com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE/UAST) e a prefeitura local (FLORES) vem desempenhando um papel fundamental no resgate de culturas como a do caju que esta no limiar de desaparecer da região do Pajeú em decorrências de fatores biológicos (pragas) e climatológicos (secas prolongadas). Mas o que mais ameaça a cultura do caju no Pajeú é a falta de conhecimento por parte dos agricultores que aplicam técnicas rusticas no cultivo do caju das quais não surtem mais efeitos e necessitam de apoio técnico que forneça conhecimento de manejo adequado para que venha novamente a ter força o cultivo do cajueiro na região. É para fornecer esse conhecimento que esta sendo criado um centro de pesquisa do cultivo de caju e manejo do mesmo bem como fontes alternativa de compostos naturais capazes de combater agentes biológicos que atacam essa cultura. Esse centro é composto por um grupo de voluntários de professores da UFRPE e de membros da FAPED que sonham em poder disseminar todo o conhecimento acumulado nas pesquisas para os agricultores de modo a contribuir para melhoria dos pomares e da renda familiar destes pequenos produtores.
       A pesquisa realizada por esse grupo também  faz estudos com outras culturas alem do caju, como a goiaba, da qual esta sendo testadas mudas com nova tecnologia de clonagem que pode alavancar nos próximos anos o cultivo da mesma no município. As primeiras mudas clones no solo de Fátima já apresentam em um período de cinco meses os primeiros frutos o que já é promissor e pode atrair o olhar dos agricultores da região pois com o tempo de maturação da planta reduzido extremamente  se tornando precoce o tempo para se ter retorno econômico    o que  potencializa a goiaba a ser cultivada na região novamente.
 
Clone de goiaba

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